domingo, 27 de dezembro de 2015

Quimioterapia



Na tentativa de me tornar o mais forte, me enfraqueci.
Na tentativa de ser feliz, me afoguei.
Na tentativa de me salvar, me perdi.
Quando não mais acreditei, te encontrei.

Três postagens em menos de 24 horas, eu estou mesmo aflito.
Porque eu realmente te amo.
Por que eu realmente te amo?

Se houvesse a minima chance de retorno, apostaria, esperaria, conviveria com a angustia de te esperar, e eu esperaria.

Mas você deixou bem claro.
Em algum momento pegou repulsa, passou a me considerar um "psicopata" por não deixar de te amar.
Quando quis ti ver você quis gritar.
Quando quis te amar, você disse amar outro.
E eu ainda te amo, e isso dói!
Isso não passa, não quer passar.

E eu te amo, e você ainda está aqui dentro, isso é desesperador.

Eu tenho a tendencia a fazer merda no auge do desespero.

E eu te amo.

00:35 do dia 25 de dezembro de 2015, tênis, calça, camiseta, esqueite, foco, Descer e encara-la!
00:38 do dia 25 de dezembro de 2015, isso dificilmente vai dar certo, e o resultado é no mínimo eu estragar meu natal, e talvez o dela.
00:40 do dia 25 de dezembro de 2015, começa a inferência.

"Ela ta na vó, ou na irmã, não vai querer falar comigo. Afinal por que eu continuo pensando nisso? Por que eu continuo com ela aqui dentro?
É eu devo ter feito dela uma parte de mim, e talvez por isso não consiga abandonar.
Talvez não haja uma forma de eu abandona-la sem causar danos maiores a mim.

hummmm, Talvez esteja certo, e por isso não tenha feito nada terminal, ao negar essas oportunidades, mulheres e coisas do tipo.
Por esse angulo parece que faz sentido, por isso esse medo de "trair" alguém que não está mais com você. é o medo de que isso acabe com alguma pequena chance de volta, ou que isso magoe o pedaço dela que ainda está com você.

É, está na hora de se decidir, ou pula de cabeça para falar com ela, ou pula de cabeça nessa auto-mutilação."

01:20 do dia 25 de dezembro de 2015, elas chegam, e é notável a minha cara de bunda.
"Talvez seja um sinal,
Não é algo que eu realmente queira, mas acho que isso vai ajudar a arrancar isso daqui de dentro."

E numa guerra de eu contra eu mesmo, não há como sair ganhando, mas havia a esperança de que a parte onde só tem eu vencesse, e a que tem você fosse abatida.

Para minha decepção, houve mutilação, peso na consciência, e nada mudou, você ainda está aqui dentro, eu ainda me sinto mal por fazer coisas que não quero só pra tentar te esquecer e só aumentou o desespero.

Notei que você está tão dentro de mim, que escrevo como se você fosse ler.
Como se fosse uma conversa, ou uma confissão, um desabafo, um diário.

Mas nem tudo foi em vão, aprendi certas coisas com minha conduta dentro do desespero.
Aprendi que meu amor por você não vai diminuir por números, nem por tempo.
Acredito que talvez, se eu merecer, alguém vai aparecer e mudar a minha vida.
Nunca fui um homem muito esperançoso, e talvez por isso já tenha caído tão bem  a ficha de que só  sobrou eu nessa história de amor.

Então o que cabe a mim?

Acredito que agora cabe a mim continuar com meus objetivos para me tornar insubstituível.
Cabe a mim fazer dessa dor um karma, e manter essa ideia de retorno para seus braços em um baú, bem lá no fundo, pois é meu maior desejo, mas desejar tocar um Deus não te dá a possibilidade do mesmo, então guarde esse sonho.

Espero ter a sorte de conseguir amar alguém, de esquecer, de viver.
Espero que não demore, que eu não vire o canalha que quase me tornei.
Espero que eu seja tão forte quanto preciso ser.
Pois durante todo o processo dentro de mim, sempre haverá você.

E mais uma noite você aparece em meus sonhos.
É estranho, mas eu subconscientemente nutria esperanças de ti ver esse fim de ano.
De que tudo voltasse ao que era e que nós pudéssemos ser felizes juntos.
Como você sempre me dizia "você é muito idiota", "as vezes você parece criança", em fim você estava certa, e eu esperando, sei lá... Papai Noel te trazer pra mim?

Você nem sempre foi a mulher mais decidida do mundo, mas sempre foi bem orgulhosa, e não voltaria atras para me amar, não o faria porque acha que seria desrespeito para com todo esse esforço de se afastar.
Não voltaria, pois por ser orgulhosa, houve muita vergonha que lhe fiz passar.
Por ser  orgulhosa viveria amargurada, só para não ter a chance de voltar  a errar.

E bem, as pessoas mudam, as coisas mudam.
Eu por amar, abdicaria do meu orgulho para te beijar, da minha honra para voltar, só não abdico de você para poder te amar.
E nisso me pego na certeza de que te respeito mais do que a mim, pois passo por tudo isso sem ir até você unica e exclusivamente porque tenho medo de na tentativa te fazer sofrer, e de no processo desrespeitar seu pedido de eu desaparecer.

Por fim, por hoje.

Eu te amo.

                           Rafhael de Oliveira Silva Salles.

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