quarta-feira, 5 de setembro de 2018

De 9 à 9.

Aos 19 eu estava no que seria uma reta final de meu casamento, ou junção, como preferir chamar, muitas brigas bestas e sem sentindo foram criando lascas num sentimento que era puro, ao ponto de torna-lo quase inexistente, ate que se findou.

  Junto com o fim veio a descrença, 3 longos anos onde a solidao era mantida a base de companhias tão descartáveis quanto eu, eram bem sinceras,aparentemente a maioria das mulheres estão mais enteressasdas em coisas passageiras e sem compromisso do que em algo serio.
 No quarto ano da solidão após noites de pensamentos filosóficos sobre o que eu realmente queria para ser feliz, finalmente compreendi. 3 longos anos da minha vida tinham se passado e praticamente nada estava na minha memória, tinha sido como um longo sono, salvo aos momentos em que estava entre meus amigos.

Entao decidi socegar, porém ainda que ja passados 4 longos anos desde o termino eu não conseguia confiar em ninguém, sempre via as propensas a namoro com um olhar pragmático.
 Em meio a essa busca houveram algumas tentativas, Monique, muito linda, inteligente, tínhamos gostos musicais, sociais e culturais muito parecidos. So que para meu desespero meu coração não queria nada além, e ficamos amigos, acredito que uma mulher do nível dela não se sinta bem em ser rejeitada, pois pouco tempo depois ela começou a namorar e sumiu.
 Com isso aos 23 quase 24 em dezembro se não me engano de forma não planejada eu acabei saindo com a Barbara, lembro que passei uma semana me perguntou que que eu tinha na cabeça, mas eu tinha me atraído pela atitude dela, era responsável, reservada e eu confiava nela.
Decidi ver no que ia dar.
Os primeiros 6 meses de namoro foram um imenso inferno, pra mim é claro, meu mestre, minha família, meus amigos, todos estavam contra, mas superei.
Os 6 meses após isso foram tranquilos, eu não estava num relacionamento pra sexo, acho que nunca estive em nenhum por esse motivo, eu estava por ser carente e isso eu sou MUITO, e em geral ela era uma boa amiga, compartilhava do meu dia a dia, se interava dos meus gostos e assuntos, porém como amiga.
Logo de pois de um bom tempo a ausência de qualquer afeto além do que uma amizade pode ter, eu fui me sentindo cada vez pior.
 Minha carência não envolvia sexo, era algo bem idiota se visto de fora, eu queria um carinho, uma abraço, dormir colado, e essas demonstrações de afeto que parecem mínimas, porém sempre que eu pedia por algo que deveria ser o básico, logo recebia uma groceria ou um simplesil "ah para de ser carente, chato pra caralho".
E estranho, que com o passar do tempo eu passei a achar que eu era o errado.

Nenhum tipo de elogio, mesmo o menor que fosse, e assim a minha auto estima que nunca foi la muito alta tomou seu lugar mais baixo desde que nasci.

E assim depois de muito tentar eu pedi pra terminar com ela, se bem me lembro foi junho mais ou menos. Nessa noite depois de uma briga ela chorou muito, disse que me amava, pediu para que eu entendesse que esse era o jeito dela, e eu assim o fiz, mantivemos o namoro.

 Foi quando comecei a conversar com a Amanda, a princípio eu queria que ela voltasse a andar com a galera pois ela tinha sumido apois um término de namoro, e meio que como voto de honestidade assim como ela abria os problemas dela pra mim, eu abria os meus pra ela.
Acredito que os meses que vieram após isso foram uns dos mais confusos da minha vida.

Pela primeira vez desde a Miriam minha ex mulher, meu coração tinha decidido se manifestar, e logo pela Amanda, pensei eu, "Agora seu filho da puta!?" e fui guardando aquilo o mais fundo que pude, porem as coisas com a Barbara so pioravam, ela tinha voltado ao hábito de não me beijar em público o que me gerava uma vergonha de mim mesmo sem tamanho.

Por motivos de trabalho eu fiquei 45 dias sem conseguir ver a Barbara, e quando finalmente a vi, não houve nenhuma manifestação de saudades, nem afeto.
Com isso voltei pro trabalho, e decidi tentar pelo menos expor pra Amanda o que eu sentia, mesmo já dando vestígios bem claros disso.

Eu tinha que resolver um assunto de trabalho no forum de bangu, e tinha que almoçar depois, marquei de almoçar com ela.

Em algum momento na volta quando ia deixar a Amanda em casa, houve uma explosão desenfreada de desespero e carência e quando eu percebi já tinha puxado a Amanda e dado um beijo nela, Eu nunca fui de ser impulsivo desse jeito.
Chuva, um caminhão, carros passando e ainda assim na minha mente so havia silêcio e uma paz que não lembrava que existia.

Voltei pro trabalho, e continuamos a nós falar pela internet, eu não conseguia parar de pensar nela, ia pra casa da Bárbara e ficava assistindo tv, jogando video game, e sentindo a distância.

Quando novamente fiquei com a Amanda foi como um choque bem duro de realidade, o simples toque suave da Amanda no meu bracb já deixava meu corpo todo arrepiado, foi aí que notei que sem que eu notasse 3 anos tinham se passado onde os únicos toque que chegavam ao meu corpo eram danos marciais, eu havia esquecido tanto mentalmente quanto institivamente o efeito de um afeto.

Ai piorou minha mente, meu senso de ética ja tava destruído, meu coração estava todo para um lado. E eu só enchergava a Bárbara como vítima dos meus erros.

Então em uma noite, vespera de natal quase, dia 23 para 24  nos encontramos, e como jogo do destino tivemos uma noite a dois e eu dormi nos braços dela como nao dormia em lugar nenhum a pelo menos 6 anos.

Era hora de terminar com a Bárbara.
E eu não conseguia, não por sentimento meu, mas ver a Bárbara sofrer me fazia muito mal,  em geral o mal que ela me fez tinha sido de forma subconsciente, e eu certamente iria fazer ela sofrer.

Um inferno psicológico, tinha febre constante, larguei o emprego, so tinha paz quando estava nos braços da Amanda, e por fim terminamos.

Toda vez que eu estava quase melhorando, a Bárbara aparecia pedindo pra ter mais uma chance, e eu negava, e voltava a me deitar em febre.

A Amanda nunca vai entender, eu queria mesmo que de forma mágica resolver tudo aquilo sem machucar ninguém.

E foi na tentativa de nao machucar que eu praticamente sentenciei o fim de tudo.

Após finalmente terminar com a Bárbara, houve  um tempo de uma paz que nunca mais foi vista, nos íamos a praças conversávamos, nos beijávamos de forma tao apaixonada que era certo haver algum comentário sobre nós "Vai grudar em." "Que isso em, opa, nao sao duas meninas."   eu tinha dificuldade de compreender como ela gostava de mim, não sabia reagir aos elogios. As vezes durante o treino eu a pegava me olhando de forma diferente que me deixava meio envergonhado, ela era muito carinhosa.

Ate que um dia nós beijando para nps despedir a Bárbara e sua mam nos viram, foi uma cena bem ruim, e só piorou depois disso, macumba, ovos, ofensas na rua. A Amanda passou por uma barra.
 Eu tentando ser diplomático já que havia sido proibido de ajir de forma incisiva pedi de várias for as para que paracem.

Eu a amava, amava comunicação nunca amei ninguém, nem antes e nem agora, por isso acho que foi bom ela ter me.pedido pra não ajir de forma incisiva.
Eu estava tao perdidamente apaixonado por ela que fazia de todo pedido possível dela uma lei, o que é imprecionante e inédito, pois nem minha ex mulher nem minha mãe conseguiram me importo nada, e eu sedia a quase todos os desejos dela, ate parar de beber eu tinha parado.

Mas cada um tem seu limite, era a família da Bárbara, a familif dela, boa parte dainha família, em geral ninguen queria a gente junto, eu bem, eu lutaria contra o mundo, mas nao dá pra fazer isso sozinho.
Ela aguentou ate de mais, ate porque eu também errei muito, na noite em que terminamos, eu falei coisas que nunca faria nem pensava, numa forma desesperada e instintiva de nao me machucar sozinho(o que foi nitidamente idiota).
Havíamos (ela) decidido terminar como amigos, porém instantâneamente ela me bloqueub de tudo e sumiu.

Como se já não estivesse sendo difícil.
Algum tempo depois eu fui chamado por ela, e todo empolgado fui.
Mas era so a Bárbara causando novos problemas já que eu não estava mais com ela, elas julgaram que poderiam ir lá emportuna-la.

Algumas palavras foram ditas e nunca mais nos falamos, juntando a tristeza e a solidao fui até a casa da Barbará, deixei claro os pontos que poderiam ser expostos caso houvesse mais algum caso similar.

Naquele dia eu estava com tanta raiva e tristeza que os cachorros não latiam, so de afastaram de mim, quando percebi eu já estava na sala, e a Ju pedindo pra eu me acalmar.

Felizmente deu resultado, nunca mais tive noticias de algum atrito entre elas.

Depois disso, a Bárbara entrou pra academia, e começou a ir em todas as festas da minha família, o que tá bem triste, já que não me fazia a menor diferença, chegou a arrumar um namorado bem parecido fisicamente comigo, assim que fiz izade com ele ela largou o maluco, teiste.

Uns anos de pura depreciação viriam.
Bem similar aos que sucederam a miriam, mas esses foram mais escuros, acho que por eu ser mais velho, nao conseguia usufruir das mesmas fugas, bebidas e mulheres não aplacavam a falta dela, então me afoguei em treino.

Alguns anos sem nenhum progresso emocional, eu fui chamado em cima da hora pra uma rave que ia ter de graça no parque Madureira, lá conheci a Lorraine.

Garota bonita, cheia de atitude, engracada.
Ficamos nessa noite, até o entardecer.

Começamos a sair mais vezes ate decidirmos namorar.

Não tinha cara de eterno nem de mágico, mais foi legal, fiz uma ótima amizade e ela foi uma boa namorada.

Mas éramos muito diferentes em quase tudo, e não tinha aquela magia.

Acho que não vai ter novamente.

Hoje com 29 acredito que toda aquela explosao de sentimentos foi situacional, por eu estar carente a muito tempo, e por termos qualidades que se encaixavam muito bem. Ou ela era o amor da minha vida e sei foi, em todo caso meus próximos relacionamentos deram mundanos, mesmo que eu seja um sonhador, pois é egoísmo de mãos pedir magia sentimental em cada esquina.
Mas também acredito que enquanto eu procurar eu não vou achar, e ainda assim seria impossível que ao houvesse uma combinação, tem que ter mais alguém.
Tem algumas pessoas que talvez desse certo.
Mas não tenho mais tempo de procurar, agora e trabalho, casa, treino, religião e metas.
 Um dia eu paro pra respirar dinovo.


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