segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Mec-ânimo

Você liga seu computador, e entra em mais um saite de compras.
um de felicidades momentâneas, salvação e paz eterna.
Mas tudo custa tão caro, que você tem de trabalhar para compra tudo isso.
Em fim magnificamente, uma estante cheia de frascos, chips e memorias de coisas que você deveria ter feito.
Mas não há tempo pra utilizar essa felicidade, essa já esta fora de moda.
Volta ao trabalho.
É mais uma corrida eterna pra você, eles são rápidos de mais.
E você nunca vai alcançar.

Em consumismo mórbido, se encontra, dia após dia, saite após saite.
E o tempo passa, mas sua felicidade não é de marca, custou barato, mas é o que tem de melhor por esse preço.
E você se aprisiona cada dia mais nas suas tentativas de liberdade.
Tempo demais olhando as lojas, e nem um para a alma, tudo tão belo do lado de fora, que não sobra tempo de olhar pra dentro.
E a ganancia sobe em suas costas.

Nova promoção no mercado.
Troque já suas Virtudes velhas, por novíssimos defeitos da moda.
Veja seu tolo. você esta morto, você é só mais um numero.
Não, não adianta mais.
O que sobrou de sua vida já esta penhorada, por um frasco de felicidade tamanho econômico.


E hoje os carros são tão belos que nem vejo meus filhos crescerem.
Hoje as máquinas são tão belas que nem percebo minhas chagas.
E essas mortes e desgraças são muito menos reais do que as que vi na TV.

                                    Rafhael de Oliveira Silva Salles

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