quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Paladino


Quando eu me reviro em minha cama,.
Mais uma vez sem conseguir dormir.
Cabeça nas nuvens, inferno e céu no coração.
Enquanto passei pelos meus sentimentos.
Recordo das injustiças que fiz aos justos.
Caminho pelos meus erros sendo negligenciado pelos meus acertos.

E assim eu vou.

Andando depressa, para tentar não rever meus passos.
Mas minhas memórias correm mais.
E dizem quem nada é pra sempre!
Então o amor é uma exceção!

Então ao caminho do desconhecido.
Paro de tempo em tempo para orar à minha Deusa.
Orar para que não se acabe.
Orar para que não se desgaste.
Orar para que minhas falhas perdoe.
E que meus sentimentos se exaltem.

Em um altar em minha mente a ponho.
Com moldura de memórias encho o templo.
Com incenso do seu perfume acendo as ofertas.
Com o que me é mais precioso dou de oferenda.
E a minha deusa entrego meu coração.
Como um sacrifício pagão para salvar minha emoção.
E assim continuar com essa ficção.

Pois algo que não se toca, e não si vê, não se sente em comum por todos.
Esse algo não existe.
E se não existe, é eterno e imortal.
Ainda assim pode ser destruído quando minha deusa bem quiser.
Assim que bem intender minha deusa pode libertar o Kraken no mar do meu coração.

Como um pagão apaixonado, eu volto a minha cama.
E assim se passa mais um minuto.
E assim relembro da minha salvação e do meu tumulo.
E assim eu me caso em minha mente, e me divorcio do mundo.
E esse é meu modo de lutar contra meu pessimismo.
E assim cumprir um dos trabalhos exigidos por minha deusa.
E em fim me acalmando me deito, sonolento desfaleço, e apaziguado adormeço.
Pois sei que sou o Paladino e Guardião do coração de minha deusa.




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