domingo, 29 de janeiro de 2017

O marco para não me esquecer.




Terra.
Uma paz de espirito. Uma calma. Serenidade
Com toda sabedoria da idade para aguardar o momento certo e mostrar que sua quietude é por benevolência, e não por fragilidade.
Todo o poder reservado dentro de uma calma que só se iguala a sua firmeza em atos. Firmeza que gera seguidores, expandindo e emanando amparo a todos que a cercam.
Raramente enfurecida, raramente inquieta, raramente temida, raramente malévola.
Sempre segura, sempre fiel, sempre crédula.

Assim vislumbro esse fantástico elemento.

Fogo.
Toda energia contida em um único lugar.
Todo poder para ferir e, ainda assim, prefere aquecer.
Todo potencial para se enfurecer e, ainda assim, pode curar.
Com a habilidade de explodir contenta-se em apenas inflamar.
Tão jovial quanto uma criança, e tão velho quanto a lembrança.
Tão assustador quando se alastra, e tão belo quando dança.
Tremulando nos embalamos. Em brasas nos energizamos. Em chamas nos movimentamos e, finalmente nas cinzas, nos apaziguamos.

Assim vislumbro esse fantástico elemento.

Água.
Tão fértil e maleável, tão caridosa quanto impiedosa.
Em lágrimas desce a terra, em jovialidade nasce dos montes, em maturidade cruza as planícies e em maternidade da a luz aos mares.
Delonga-se abruptamente ao bel-prazer da casualidade, prevendo seus objetivos, sem deixar de mesclar-se com a paisagem.
Muda tudo que toca. Mescla-se a rocha, contempla fogo e ar quando evapora. Vigia o mundo sem perder sequer, uma flor que desabrocha.
Por tanta benevolência, quase não se nota, que a água que lhe oferece a ela mesma retorna.
E por alusão a mesma, tudo esboça.
Assim aprendendo que por mais difícil que seja, podemos nos desdobrar e achar outra rota.
Que nossos caminhos são as rochas que, determinamos, deterioramos e assim encontramos nossas respostas.
Sempre tendo em mente que tudo se adapta, tudo se mescla, tudo se toca.
E se fizermos nossa parte, como a água, tudo se renova.

Assim vislumbro esse fantástico elemento.

Ar
A tudo toco, tudo sinto, tudo brinco e tudo deixo.
Danço quando estou feliz, destruo quando estou triste.
Sei quem sou, sincero, eis quem sou.
Sem medo sou livre, sou ágil, sou jovem, sou sábio.
Quando me enfureço não me retraio.
Sei que é minha hora. Bufo, trovejo e solto os meus raios.
Sei que minhas tempestades retiram de minha mente nuvens nubladas que florescem. Soluções apaziguam meu espirito.
Novamente danço.
Levo frescor aos de temperamentos quentes.
Trago boas-novas às águas turvas.
Locomovo montanhas estagnadas.
Alimento as chamas jovens e reacendo as brasas.
Sendo constante e imprevisível, sou sucinto, suave, e ao mesmo tempo, barulhento e cheio de alarde.

Assim vislumbro esse fantástico elemento.

                            Rafhael de oliveira silva salles.



sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Casualidade

A cada passo errante um questionamento constante.
"quantos se vangloriam do acaso, e quantos se lastimam pelo fato?"

 O que seria esse acaso?

 Quantos se julgam melhores que outros por terem nascido de boa aparência? Que nada mais é que um acaso genealógico.
 Quantos se gabam de sua posição financeira privilegiada? Que nada mais é do que sorte hereditária.
 
   Mas não vamos parar apenas nos benefícios das casualidades.

   Quantos justificam seu baixo poder aquisitivo para utilizar como álibi par má índole e conduta?
   Quantos justificam a traição para trair?
   Quantos perdem suas principais virtudes por corrupção?


É o mérito dado ao acaso.


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