domingo, 28 de dezembro de 2008

O poder de um

A terra do meu pai
A língua da minha mãe
Desviando-me do caminho
Por muitos anos eu fui enganado
O ódio é o caminho para mim

Pai, eu matei muitos anjos, eu acho
Agora andarei para o mar
Espero que algum dia eu me perdoe
Por favor, atraque meu barco vazio num píer

Eu posso culpar pelo sangue azul que corre nas minhas veias
Mas eu pareço esquecer que somos todos iguais

Na sua própria chama de ódio você gera o medo em muitas vidas
Você agiu pensando que estava tudo dito nos sinais
Você não pode curar o sentimento que queima dentro de sua espinha
Você agora entra em colapso, 
desmaia revelando as marcas desprezíveis da vida

Mãe, eu vi muita coisa, eu odeio viver minha vida
Esqueci cada palavra que você me disse, 
criança teimosa (anjo da sua vida)
Eu tenho que achar meu Éden agora, os portões que deixei pra trás
Mas a dor continuará
Nenhum poder para ganhar

Agora eu tenho tempo para ponderar, auto-conhecimento, crime terrível
Eu vi as cores muito brilhantes, sem saber que eu estava cego
Eu matei um homem que se arriscou e bebeu o vinho proibido
O mapa que eu desenhei revela que eu fui completo, 
máquina, em equipe

Pai, eu vi muita coisa, eu odeio viver minha vida
Esqueci cada palavra que você me disse, 
criança teimosa (anjo da sua vida)
Eu tenho que achar meu Éden agora, os portões que deixei pra trás
Mas a dor continuará
Nenhum poder para ganhar

Mãe, onde está seu filho
Quando isso começou?
Quem tem sido o tolo?

Ninguém nasceu para ser um servo ou escravo
Quem pode me dizer a cor da chuva?
No mundo em que vivemos, as coisas ditas e feitas
Podem muito bem ultrapassar
O poder de um

Ninguém nasceu para ser um servo ou escravo
Você pode me dizer a cor da chuva?
No mundo em que vivemos, as coisas ditas e feitas
Podem muito bem ultrapassar
O poder de um

Viver e deixar morrer
Dar esperança e tirar a vida
É pra isso que você está aqui?

Pensar que você está certo
Ter certeza que não vai voar
Está fazendo um crime de ódio

Nos lares dos bravos
Nos lares das terras escravizadas
Somos todos iguais

Eu preciso acreditar
Há mais do que os olhos podem ver
Todas as cores do arco-íris

Ninguém nasceu pra ser um escravo
procure no passado e coloque a culpa
Me diga a cor da chuva
Ninguém nasceu pra ser um mestre

Na terra que vivemos, nós morremos
Louve a unidade, louve a mentira
Para prender o mentiroso com uma rede
Nós precisaremos de um verdadeiro "Fazedor de chuva" 

"Filho de Abel, filho de Cain
Podem viver em harmonia, sem a vergonha
As chaves que eu lhes dei, a Terra Sagrada
São areia seca do deserto na palma de suas mãos
Sem a água, a sabedoria do passado
Escorrerá pelos seus dedos, esquecida tão rápido
Assim, quando os deixo, eu sou realmente cego
Essa cegueira, essa benção, a esperança da humanidade" 

1 comentários:

Monie disse...

belo poema. porém triste. :/

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