sábado, 22 de outubro de 2016

ciclos.

Talvez a noite não seja feita só para dormir.
Talvez a noite seja um escritório para os confusos.
Um laboratório para os amargurados.
Um confessionário para os aflitos.
E talvez seja a lente de aumento dos tormentos.

Durante a noite caem os olhares curiosos, as opiniões dos mal nutridos.
A inveja dos desenformados, caem até as esperanças dos apaixonados.

Talvez a Lua não apenas puxe as marés com sua gravidade.
Talvez a Lua potencialize nossas calamidades.
Talvez não só nossa visão se aguce na escuridão, mas também a nossa aptidão.

Aptidão ao sofrimento.
Aptidão a lamentação.
Aptidão ao sentimentalismo
Aptidão a constatação.

Como se o isolamento que nos traz a noite nos trouxesse uma lente de aumento.
Assim enxergamos nossos tormentos.
Assim fraquejamos em nosso sustento.
Assim quase desistimos de nossos juramento.

Talvez não deveríamos esquecer que assim como o dia, a noite também não é eterna.
Sei que a noite é mas longa e fria em alguns lugares da terra.
Mas se e ela existe o sol também ha de existir.
E se as lágrimas caem, uma hora hão de nos fazer sorrir.

E se a noite é a sua distancia, sei que o sol é você que ha de vir!

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