sábado, 21 de novembro de 2015

A.

Acho que te vi.
Não tenho certeza.

     Durante todo esse tempo sem ti ver sempre me perguntei o que faria ao acontecer.

     Eu ti amo tanto, mas você quis se tornar intocável, inacessível, que eu na tentativa de respeitar sua decisão repito para mim todos os dias que só eu  tenho esse sentimento em mim. E com essa sensação de obrigação  eu me convenci a sumir.

     Ao pensar como seria ao ti ver nunca soube como reagiria, se me desesperaria e correria para seus braços, se agiria normalmente, se  voltaria para evitar o contato.
    Eu em sei se era você, estava distante, eu vi de relance e por cima do óculos, já que eu readquiri o hábito de andar de cabeça baixa, mas só o susto me fez abaixar a cabeça e não olhar novamente, apenas segui meu trajeto, e acho mesmo que era você.  Nada mais me faria tremer sem ter medo, passei todo o meu fim de semana ansioso, senti que deveria voltar, cheguei a parar o esqueite na esquina, mas não há volta, segui meu caminho.

   E assim, nos raros dias em que não me vem a saudade pura, a falta de você, eu simplesmente sonho.

   E você não volta, mas além de todo o resto, me intriga o fato de minha visão ter sido puxada instintivamente para onde você estava, e a sensação de que eu estava tanto dentro de você quanto você está dentro de mim, porem mesmo que isso seja verdade (muito improvável) você não admitiria, a ideia de voltar pra mim deve lhe parecer um retrocesso, e você deve realmente estar confiante na ideia de que a vida deve ter um foco bem longe do coração, pois "Eu não tenho idade para amar, nem para ser amada", essa concepção pré estabelecida de idade para ser feliz, idade para focar na carreira, idade para amar.

  Claro que nada disso é um julgamento, até porque já houve a sentença, e eu to pagando até hoje. É só essa dualidade entre aceitar e não concordar.
  Quase como um mantra: Como eu gostaria de não ama-la!
 
 E cada dia me pego com um pensamento diferente sobre esse mesmo assunto, na tentativa de achar uma solução, tem dias que acredito fielmente que você me ama (realmente sinto isso até hoje), tem dias que acho que você me odeia, tem dias que acho que você já está em outra, tem dias  que me forço muito a acreditar que  já superei (nem eu acredito nisso).
tem dias que sinto vontade de tentar qualquer coisa para te esquecer, sair com varias mulheres, encher a cara, arrumar uma briga, me afogar  em trabalho, me afogar em treino, nada disso vai funcionar.
Tem muitos dias em que quero ir até sua casa, e convencer a deus e o mundo que nós nos amamos e merecemos ser felizes juntos.
Tem dias que quero sentar e conversar com você, só sentar e conversar, pra ver se isso ajudaria.

Não sei como proceder, me afastar não funciona, me aproximar é inviável, ainda mais com todo esse esforço que você fez ara me excluir da  sua vida, parece  desrespeitoso.
Masas vezes me pego pensando se eu tenho me respeitado, se eu tenho agido em prol de meus objetivos, é realmente bem complicado essa MERDA de estar com sua felicidade diretamente ligada a outra pessoa e ter como alternativa manter a decisão dela ou a sua.

Como eu gostaria de ouvir um simples "tenta!", ou um quase místico "Volta pra mim" "eu ainda te amo".

Sonhador o rapaz, tanto que ainda escreve um desabafo mediúnico como se você fosse ler.

Bem, por hora sobra somente a certeza de que eu te amo como antes, e que isso deve te assustar mais do que te encorajar.

Eu queria muito estar ao seu lado, poder compartilhar suas alegrias, te ajudar nas suas tristezas.
Será que foi um sonho? Será que fomos felizes? Ou foi só eu feliz e você "não tão triste"?

Nunca vou saber.

Queria ti ver, mas com seu consentimento, ver seus olhos, seu sorriso (sonhando novamente).

Sorry, te amo de mais.

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