sábado, 25 de abril de 2009

Decadencia.


Conservo-me nos meus erros.
É mais difícil tentar do que conseguir.
As tentativas frustradas doem mais do que as omitidas.
Relevante se espera que a próxima seja a certa.
Mas depois de tantas tentativas, falhar torna-se certeza.
Então porque tentar?
Por que não ficar parado.
Se a falha faz parte do dia a dia, tentar é só persistir em mais um erro.
Algo em mim concorda com tudo isso.
Mas meu espírito se recusa a aceitar.
Tenho algo inquietante dentro de mim dizendo, que ser for tudo ou nada, é melhor ariscar, do que morrer na duvida.
Tento calcular para saber o que é pior, a dor de cair ou a angustia de não saber se seria capaz de vencer.
Levo duas frases comigo neste caso.
1°: É a verdade o que assombra
O descaso que condena
A estupidez o que destrói.
2°: Não me entrego sem lutar
Tenho ainda coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então.
Talvez sejam essas duas frases que me mantenham de pé.
Se é que isso pode ser chamado de em pé.
Conservando certo “espírito guerreiro” continuo a tentar tudo que almejo conseguir.
E conservando um “espírito derrotista” começo uma batalha já esperando por minha derrota.
A alma segue uma aura de desistência, que faz com que cada combata párea o último.
Do fim para o inicio, do inicio para destruição, da destruição para o esquecimento.
Querer algo para mim parece pecado, só posso ajudar as pessoas a serem felizes.
A minha própria felicidade parece impossível.
Mas acho que ainda vou tentar.
E tudo ainda vai piorar.

1 comentários:

Monie disse...

Primeira coisa que me veio à cabeça quando li esse texto:

"Tente!
Levante sua mão sedenta
E recomece a andar
Não pense
Que a cabeça agüenta
Se você parar..."

Raul Seixas...
Espero que ajude :/

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