sexta-feira, 20 de março de 2009

Mais uns erros.


Desajeitado, ele anda.
Não adianta nada ele lutar.
ha tanto para derrubar.
A alma se afasta.
O corpo não responde.
A espada já está quebrada.
Agora só ha sangue.
De repente a alma julga os erros e amaldiçoa os acertos.

Como esperar por uma batalha onde não posso lutar?
Minha luz se apaga, as verdades aparecem.
Dessa vez eu estou mergulhando sem tomar fôlego.
Não a ar em meus pulmões.

Achei a superfície, mas o ar não entra.
Onde foram parar os dias felizes?
Não tenho mais aquele momento para sentir falta.
Agora só há trevas.
A sombra, que tinha não está mais lá.
Não há uma luz para produzi-la.

Eu não vejo motivos para lutar.
E ainda assim já estou planejando o próximo passo no combate.
Acho que já se tornou instinto, algo simplesmente inato.
Mais o instinto deveria me proteger e agora eu já cai.

Desajeitado, eu caminho.
Embriagado eu luto.
Desmotivado eu planejo.

O que faço em meu dia a dia?


Encontro-me, em uma nova crise de existência.
Penso cada vez mais em minhas magoas.
Desgasto-me cada vez mais com minhas batalhas mentais.
Luto cada vez menos.
Mal me lembro quando foi a ultima vez que venci.

O que a de errado comigo.
Meu sono?
Não me lembro quando foi a ultima vez que dormi por sono.
Algo me diz que isso ainda vai piorar se eu não fizer nada.
E eu não me refiro a falta de sono.

Não consigo interder.
Não sei se estou errando nas respostas ou nas perguntas.

Talvez o ar não tenha entrado em meus pulmões por pura timidez de minha parte.
Talvez fosse mais uma batalha perdida.
Talvez, mas acho que nunca vou saber.
Talvez eu descubra, assim que tiver forças para resistir a mais uma possível queda.

terça-feira, 10 de março de 2009

"Como doi o coração
Saber que no panteão
Existe tamanha benção
E não ter tua atenção.

Exiestir sem sentir.

Ver o belo e amaldissoar o eterno".

Hoje faz 20 anos que nasci, e a coisa mais importante no meu dia é: quando eu vou vê-la novamente.

Parece estranho, mesmo tentando entender o porque, ainda tento seguir sem ter a resposta.
Eu ainda nem me fiz a pergunta.

Eu não consigo parar de pensar em porque não fazer o que duas partes de mim pedem.
A outra parte insiste em acreditar que aquela não era a hora certa, que haverá uma nova e melhor oportunidade.
Sei o quanto é difícil abrir portas parecidas, mas gostaria de acreditar que essa é diferente.
Caminhos parecidos podem levar a lugares diferentes.
Dessa vez não vou me jogar de cabeça, passos curtos, um degrau de cada vez pr’a não cair de um lugar muito alto, por algo que pode não valer a pena.
Tem uma musica maldita que não sai da minha cabeça.

"Quis nunca te perder

tanto que demais
via em tudo céu
fiz de tudo cais
dei-te pra ancorar
doces deletérios

e quis ter os pés no chão
tanto eu abri mão
que hoje eu entendi
sonho não se dá
é botão de flor
o sabor de fel
é de cortar

eu sei é um doce te amar
o amargo é querer-te pra mim
do que eu preciso é lembrar, me ver
antes de te ter e de ser teu, muito bem

quis nunca te ganhar
tanto que forjei
asas nos teus pés
ondas pra levar
deixo desvendar
todos os mistérios

sei tanto te soltei
que você me quis
em todo o lugar
lia em cada olhar
quanta intenção
eu vivia preso

eu sei é um doce te amar
o amargo é querer-te pra mim
do que eu preciso é lembrar, me ver
antes de te ter e de ser teu
o que eu queria o que eu fazia o que mais?
e alguma coisa a gente tem que amar
mas o que não sei mais

os dias que eu me vejo só
são dias que eu me encontro mais
e mesmo assim eu sei também
existe alguém pra me libertar"   
                                        Los Hermanos (Condicional)

segunda-feira, 9 de março de 2009

Angra dos reis (Legião urbana)

Deixa, se fosse sempre assim quente
Deita aqui perto de mim
Tem dias que tudo está em paz
E agora os dias são iguais

Se fosse só sentir saudade
Mas tem sempre algo mais
Seja como for
É uma dor que dói no peito
Pode rir agora que estou sozinho
Mas não venha me roubar

Vamos brincar perto da usina
Deixa pra lá, a angra é dos reis
Por que se explicar se não existe perigo?
Senti teu coração perfeito batendo à toa
E isso dói
Seja como for
É uma dor que dói no peito
Pode rir agora que estou sozinho
Mas não venha me roubar
Vai ver que não é nada disso
Vai ver que já não sei quem sou
Vai ver que nunca fui o mesmo
A culpa é toda sua e nunca foi

Mesmo se as estrelas começassem a cair
E a luz queimasse tudo ao redor
E fosse o fim chegando cedo
E você visse o nosso corpo em chamas
Deixa pra lá
Quando as estrelas começarem a cair
Me diz, me diz pra onde é que a gente vai fugir?

sábado, 31 de janeiro de 2009

Nunca


As chances aparecem. E eu me distraio com minha timidez.

Recomeço os antigos erros, encontrando meus velhos defeitos.
Engano-me todos os dias.
Sendo você a pessoa certa, provavelmente devo ser a errada.

A atmosfera me prende em um ato desgastado de dor.
Afinidade repentina com feridas passadas me fazem quere abandonar a luta.

Entregue aos erros.

Não sei ao certo o porque da minha luta.
Mas algo dentro de mim não me deixa parar.
Não ha como seguir o coração e obedecer à mente.

Meu coração me diz para lutar.
Minha mente me diz que já fui derrotado.
Minha alma me diz que não ha o que temer.

Como dói olhar e não te ver.
Como dói lembrar de te esquecer.
Como arde a vista olhar para a luz.
Estou no escuro e só o que importa é fugir desta luz que me cega.

Relembro dias felizes, que a muito aconteceram.
Em minhas lembranças aparecem desastrosas.
Embaçadas e desconexas.

Depois de um tempo, não tenho mais tanto medo das trevas.

Não consigo me ver feliz, não consigo imaginar a felicidade.

Não acho mais as qualidades atraentes.
Hoje eu percebi ter me apaixonado por defeitos.
E isso é triste.

sábado, 24 de janeiro de 2009

O Mendigo.

Aos olhos errados, os assuntos certos.

Introspectivas viciosas.

Derrepente nao há mas para onde ir, vendo o passado se repetir no presente.

Sinto cheiro de dor, frequentemente de alguem que finge ser feliz.

A aurora de uma velha dor.
Acalmo meu sentimento para obter um segundo de paz, sobre tudo uma paz que não preciso.
Relevo tudo que acontece, nada importa quando você nao esta por perto.
A alma esconde o que a carne deseja.
A coração agride o que a mente se nega.

Decoro meu quarto com jornais, minha cama com papelões, vou no meu carro para o trabalho, catando seus réstos para utilizar como tesouro.

Enriqueço pela manha, almoço suas sobras a tarde, luto pela vida a noite.

O sonho de um é a realidade de outro.
O pesadelo de poucos é a realidade de muitos.

Ao se tornar uma besta, livra-se da dor de ser um humano.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Mas um erro

O tempo, acabou...

Longo e triste.

Estou de volta.
Eu estou de volta.

Em ti eu morro.
Em ti eu vivo.

Floresço e morro aos seus pés.
Onde estou se não em ti?
De que valem minhas vitórias.


De que vale os às flores que nascem nas pedras, se não serão vistas?
De que vale as vitórias internas, se as derrotas externas superam em numero.

É por você que vivo.
Não encontro em minha espada minha salvação.
Não encontro em teus erros uma resposta.

Em fim estou aqui não é?

Represento a fração do seu erro e do meu.
Aprisiono-me em desejos, refreio-me em distorção.

Não me sinto bem.
Onde fui...?
Estava em fim de modo errado tentando fazer o certo.
Como correr para seus braços, se os mesmos estão ocupados abraçando algo que não te pertence.

Meu corpo dói.

Vejo em volta a verdade exposta em uma mentira cotidiana.
As pessoas fazem de suas mentiras hábitos esperando que essas se tornem verdades.
Em fim coisas ridículas para qualquer um.


Vivo do que ninguém consegue viver, sim sou uno com seus medos, sou o que todo tem medo de ser, ou não tem coragem de admitir ter.
Cato no chão as virtudes que vocês julgam erradas ou inúteis.

Não. Eu não vou mudar, podem bater, pois não vão me destruir.
Minha coragem não irar diminuir por suas pancadas,
Minha honra não ira desaparecer diante a sua covardia.

Detesto olhar seus erros e ver que tenho a chave para destruí-los.

Como ajudar alguém que não quer ser ajudado.
Tenho a cura, tenho a resposta, mas você não fez a pergunta.

Ainda assim não ha desistência.

domingo, 28 de dezembro de 2008

O poder de um

A terra do meu pai
A língua da minha mãe
Desviando-me do caminho
Por muitos anos eu fui enganado
O ódio é o caminho para mim

Pai, eu matei muitos anjos, eu acho
Agora andarei para o mar
Espero que algum dia eu me perdoe
Por favor, atraque meu barco vazio num píer

Eu posso culpar pelo sangue azul que corre nas minhas veias
Mas eu pareço esquecer que somos todos iguais

Na sua própria chama de ódio você gera o medo em muitas vidas
Você agiu pensando que estava tudo dito nos sinais
Você não pode curar o sentimento que queima dentro de sua espinha
Você agora entra em colapso, 
desmaia revelando as marcas desprezíveis da vida

Mãe, eu vi muita coisa, eu odeio viver minha vida
Esqueci cada palavra que você me disse, 
criança teimosa (anjo da sua vida)
Eu tenho que achar meu Éden agora, os portões que deixei pra trás
Mas a dor continuará
Nenhum poder para ganhar

Agora eu tenho tempo para ponderar, auto-conhecimento, crime terrível
Eu vi as cores muito brilhantes, sem saber que eu estava cego
Eu matei um homem que se arriscou e bebeu o vinho proibido
O mapa que eu desenhei revela que eu fui completo, 
máquina, em equipe

Pai, eu vi muita coisa, eu odeio viver minha vida
Esqueci cada palavra que você me disse, 
criança teimosa (anjo da sua vida)
Eu tenho que achar meu Éden agora, os portões que deixei pra trás
Mas a dor continuará
Nenhum poder para ganhar

Mãe, onde está seu filho
Quando isso começou?
Quem tem sido o tolo?

Ninguém nasceu para ser um servo ou escravo
Quem pode me dizer a cor da chuva?
No mundo em que vivemos, as coisas ditas e feitas
Podem muito bem ultrapassar
O poder de um

Ninguém nasceu para ser um servo ou escravo
Você pode me dizer a cor da chuva?
No mundo em que vivemos, as coisas ditas e feitas
Podem muito bem ultrapassar
O poder de um

Viver e deixar morrer
Dar esperança e tirar a vida
É pra isso que você está aqui?

Pensar que você está certo
Ter certeza que não vai voar
Está fazendo um crime de ódio

Nos lares dos bravos
Nos lares das terras escravizadas
Somos todos iguais

Eu preciso acreditar
Há mais do que os olhos podem ver
Todas as cores do arco-íris

Ninguém nasceu pra ser um escravo
procure no passado e coloque a culpa
Me diga a cor da chuva
Ninguém nasceu pra ser um mestre

Na terra que vivemos, nós morremos
Louve a unidade, louve a mentira
Para prender o mentiroso com uma rede
Nós precisaremos de um verdadeiro "Fazedor de chuva" 

"Filho de Abel, filho de Cain
Podem viver em harmonia, sem a vergonha
As chaves que eu lhes dei, a Terra Sagrada
São areia seca do deserto na palma de suas mãos
Sem a água, a sabedoria do passado
Escorrerá pelos seus dedos, esquecida tão rápido
Assim, quando os deixo, eu sou realmente cego
Essa cegueira, essa benção, a esperança da humanidade" 

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