Às vezes é preciso olha pra traz e lembrar de certos motivos, para não perder o foco, para não deixar que morram os objetivos.
Supere-se, não se deixe levar pelo caminho que já trilhou, pois ele é uma fração, não importa se você é o único, ou o melhor no que faz, você aí dá pode e deve melhorar em tudo.
Que tipo de ser humano eu estou me tornando?
Sempre fui sentimental, mas faz um bom tempo em que não sinto nada, né se quer a falta.
E de certa forma ser sentimental era uma parte de mim que me fazia sofrer, mas também era uma coisa que me fazia feliz, uma boa parte da minha identidade.
Agora vejo gente que eu amaria em outras eras de minha vida sendo usada, ou descartada sem nenhum peso no meu coração.
Que tipo de canalha vou me tornar caso continue assim?
" Ou você morre jovem ou vive o suficiente para se tornar o vilão.''
Vou fazendo dos dias um cálculo capitalista de minhas metas.
Vendo os sonhos mais felizes se tornarem infantis.
Será mesmo que é só uma faze? Espero que não.
Quero realmente ser um sonhador, ser um homem que busca a utopia de ser amado.
Quero acreditar que passageiro é tudo que vai fácil, e que o amor verdadeiro virá, voltara, ou transformará, seja lá como for, o que quero é amar, de forma verdadeira e sincera.
E vejo o tempo tornando pedra o que foi músculo, tornando frio o que antes fervia.
Agora no lugar de um tango ardente, toca uma melodia gótica compassada como marchas decadentes dos anos 30.
Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca porque metade de mim é o que eu grito mas a outra metade é silêncio. Que a música que ouço ao longe seja linda ainda que tristeza que a mulher que amo seja pra sempre amada mesmo que distante porque metade de mim é partida mas a outra metade é saudade. Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos porque metade de mim é o que ouço mas a outra metade é o que calo. Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço e que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada porque metade de mim é o que penso mas a outra metade é um vulcão. Que o medo da solidão se afaste e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável que o espelho reflita em meu rosto num doce sorriso que eu me lembro ter dado na infância porque metade de mim é a lembrança do que fui a outra metade não sei. Que não seja preciso mais do que uma simples alegria pra me fazer aquietar o espírito e que o teu silêncio me fale cada vez mais porque metade de mim é abrigo mas a outra metade é cansaço. Que a arte nos aponte uma resposta mesmo que ela não saiba e que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer porque metade de mim é platéia e a outra metade é canção. E que a minha loucura seja perdoada porque metade de mim é amor e a outra metade também.
Terra.
Uma paz de espirito. Uma calma. Serenidade
Com toda sabedoria da idade para aguardar o momento certo e mostrar que sua quietude é por benevolência, e não por fragilidade.
Todo o poder reservado dentro de uma calma que só se iguala a sua firmeza em atos. Firmeza que gera seguidores, expandindo e emanando amparo a todos que a cercam.
Raramente enfurecida, raramente inquieta, raramente temida, raramente malévola.
Sempre segura, sempre fiel, sempre crédula.
Assim vislumbro esse fantástico elemento.
Fogo.
Toda energia contida em um único lugar.
Todo poder para ferir e, ainda assim, prefere aquecer.
Todo potencial para se enfurecer e, ainda assim, pode curar.
Com a habilidade de explodir contenta-se em apenas inflamar.
Tão jovial quanto uma criança, e tão velho quanto a lembrança.
Tão assustador quando se alastra, e tão belo quando dança.
Tremulando nos embalamos. Em brasas nos energizamos. Em chamas nos movimentamos e, finalmente nas cinzas, nos apaziguamos.
Assim vislumbro esse fantástico elemento.
Água.
Tão fértil e maleável, tão caridosa quanto impiedosa.
Em lágrimas desce a terra, em jovialidade nasce dos montes, em maturidade cruza as planícies e em maternidade da a luz aos mares.
Delonga-se abruptamente ao bel-prazer da casualidade, prevendo seus objetivos, sem deixar de mesclar-se com a paisagem.
Muda tudo que toca. Mescla-se a rocha, contempla fogo e ar quando evapora. Vigia o mundo sem perder sequer, uma flor que desabrocha.
Por tanta benevolência, quase não se nota, que a água que lhe oferece a ela mesma retorna.
E por alusão a mesma, tudo esboça.
Assim aprendendo que por mais difícil que seja, podemos nos desdobrar e achar outra rota.
Que nossos caminhos são as rochas que, determinamos, deterioramos e assim encontramos nossas respostas.
Sempre tendo em mente que tudo se adapta, tudo se mescla, tudo se toca.
E se fizermos nossa parte, como a água, tudo se renova.
Assim vislumbro esse fantástico elemento.
Ar
A tudo toco, tudo sinto, tudo brinco e tudo deixo.
Danço quando estou feliz, destruo quando estou triste.
Sei quem sou, sincero, eis quem sou.
Sem medo sou livre, sou ágil, sou jovem, sou sábio.
Quando me enfureço não me retraio.
Sei que é minha hora. Bufo, trovejo e solto os meus raios.
Sei que minhas tempestades retiram de minha mente nuvens nubladas que florescem. Soluções apaziguam meu espirito.
Novamente danço.
Levo frescor aos de temperamentos quentes.
Trago boas-novas às águas turvas.
Locomovo montanhas estagnadas.
Alimento as chamas jovens e reacendo as brasas.
Sendo constante e imprevisível, sou sucinto, suave, e ao mesmo tempo, barulhento e cheio de alarde.
A cada passo errante um questionamento constante.
"quantos se vangloriam do acaso, e quantos se lastimam pelo fato?"
O que seria esse acaso?
Quantos se julgam melhores que outros por terem nascido de boa aparência? Que nada mais é que um acaso genealógico.
Quantos se gabam de sua posição financeira privilegiada? Que nada mais é do que sorte hereditária.
Mas não vamos parar apenas nos benefícios das casualidades.
Quantos justificam seu baixo poder aquisitivo para utilizar como álibi par má índole e conduta?
Quantos justificam a traição para trair?
Quantos perdem suas principais virtudes por corrupção?
É o mérito dado ao acaso.
segunda-feira, 7 de novembro de 2016
Os egoístas estão todos em fila
Acreditando e esperando comprar tempo
Eu imagino como cada suspiro passa
Eu apenas possuo minha mente
O norte é para o sul o que o relógio é para o tempo
Existe o leste e existe o oeste e existe vida em todo lugar
Ele não perde o mal hábito de dar valor ao desnecessário.
Não aprende a não nutrir esperanças.
Continua com a tendência suicida de tratar bem sem pensar em vingança.
E sempre com esse jeito imbecil de querer ser simples e ignorar a ganância.
27 anos de erros estagnados, de escolhas mal fundadas, de objetivos primitivos, de lágrimas desgastadas.
E ele continua.
Até quando? Qual a necessidade de correr mil vezes o mesmo percurso, e cair nos mesmos erros?
Não há nem a possibilidade de chama-lo de sonhador ou idealista.
Falta-te determinação e resultados.
Imprudente, despreparado, irrealista.
Com isso ainda se julga competente para transmitir algo?
Belo exemplo.
Pobre, desempregado, carente e desalmado.
Não falta muito pra você ficar sozinho.