sexta-feira, 22 de abril de 2016

Que feriado bom.

Vai Nerdão, mártir, essa merda de concepção de agir pela verdade novamente te trouxe  o exílio.

Covardia em excesso, e coragem em excesso.
Se ama a Amanda, por que não tem coragem de ir até ela?
Se é tão corajoso, por que não começou um relacionamento sério com a Thuane?
Gênio do caos, com o método certo para fazer as coisas erradas.

Bem agora está sem nada... novamente.

Racionalize:

Thuane, quer algo sério e que seja fixo.
Você se tornou incapaz de namorar sem amor.
Logo: Incompatível.

Amanda, não ti quer, nem deve pensar mais em você, e se pensa tem mais força de vontade para permanecer longe do que para lutar por algo que talvez sinta.

Você supre inconscientemente/conscientemente a esperança de que ela tenha por você o mesmo sentimento que você tem por ela (sonhador), mas em geral o posicionamento dela só indica o contrário.
Você espera que ela volte pra que você possa lutar por ela, mas ela mesma quem deveria lutar, você deveria apenas apoiar sua decisão, mas ao que parece, a única decisão dela que você tem se esforçado para apoiar é a de manter-se distante.

Logo: Incompatível, e desesperador.

Chegando a conclusão de que realmente a felicidade é um artigo de luxo que eu jamais deveria ter provado.

A felicidade deveria ser um objetivo ilusório, intangível e translucido, apenas para me manter motivado nas batalhas vindouras.

Mas graças a Amanda eu conheci a e provei da verdadeira felicidade, e agora tudo fica com esse Ar estagnado, toda felicidade parece sintética e/ou diluída, toda conquista parece desmerecida, ou sem valor.
Meu mundo que antes parecia colorido, com ela se fez vivo, e com ardor, e depois que ela se foi se tornou natureza morta, mono cromático, ou desbotado.
Antes dela tudo me fazia razoavelmente feliz, com ela não havia tristeza duradoura, e a felicidade era tão viva que podia ser tocada, como se meus medos desaparecessem, como se finalmente eu encontrasse a razão para ser forte.
 E aí ela se foi, e sem que eu percebesse, aqueles  medos que pareciam ter sumido se fundiram e se tornaram um só, se tonaram ela, a falta dela, o amor que eu sentia por ela, em suma fez com que o que eu mais temia se tornasse real.
"quando se ama, dar-se ao mundo algo para usar contra você",E agora mais de um ano depois dessa partida, ainda sinto do mesmo jeito que a felicidade tem nome e endereço, mas que não está apta a receber visitas.

E no fim permaneço sozinho, acho que assim deve ser melhor.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Quem de nós?



Mais uma noite.
Novamente acordo no meio da noite tremendo, e com os olhos úmidos, quase chorando.
Novamente um sonho com ela.

Por que povoa meus sonhos?
Por que ainda está em meu subconsciente?

Minha crença inabalável no amor me diz que só é amor de verdade se for reciproco.
E é aí que me começa a minha confusão.
Se eu ainda a amo, ela ainda deve me amar.
Se ela não me ama, oque é que eu estou sentindo?
Se e o que eu estou sentindo não é amor, quer dizer que ela nunca me amou?

Se ela me ama, por que se esforça tanto pra se afastar?
Por que diz que quer distancia?

É bem injusto com a pessoa que estou agora, como eu posso não ama-la?
Ela é atenciosa, carinhosa, brincalhona, com gostos bem similares aos meus, boa aparência.
Mas meu coração não se move, não se abre.
E quanto mais eu me envolvo mais eu sinto sorrateiramente essa sensação de que eu estou errando.
Esse instinto quase primitivo que me diz que ninguém deveria estar no lugar da Amanda, mas é estranho.

É quase um retardo emocional, como posso me resguardar à alguém que mi quer longe, que diz que pegou nojo de mim, que eu sou um "psicopata"?

Ainda assim, a falta de opções racionais só traz essa dualidade, esse embate entre realidade consciente e fantasia emocional.
A realidade consciente me diz que a Thuane é tudo que eu preciso, e que ela é certa pra mim.
A fantasia emocional clama por um retorno ao relacionamento com a Amanda.

Em geral eu desisti de ouvir meu coração enquanto ele se dedicar a amar quem não me quer.

Deixei de desviar meu caminho para não encontra-la, deixei de ter medo de vê-la, mas ainda assim esse subconsciente  se esforça pra não deixar que esse sentimento morra.

De certa forma, acho que a única coisa que eu precisava era de um posicionamento, seja ela namorar com outra pessoa, ou ela pedir pra voltar.
Sei que ambos não aconteceram, e assim fico nessa angustia, mas acredito que aos poucos minha mente vem vencendo meu subconsciente, e de certa forma eu ainda acredito nesse amor, mas nada nessa vida é eterno, e essa crença assim como essa dor ou vão se confirmar de vez ou passar.

Acho que não divulgar esse blog foi a melhor escolha que já fiz.
Isso dá a mim a capacidade de esvaziar minha mente comigo mesmo.

E será que eu ainda a amo?

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Deixe mudo!

Guns n' Roses - This i love.

Música maldita (risos), me trouxe lembranças que preferia não ter escutado.
Bateu interesse, fui ler a tradução, deveria não ter lido.

Com o passar do tempo eu avanço em diversas direções diferentes, mas  nem um progresso me agrada, ainda assim não desanimo, nem desacelero.

Não que não tenha significado, nem que eu não esteja feliz com as coisas a minha volta, são apenas essas pontadas, esses sonhos, essa sensação de que falta algo, de que estou incompleto.

E graças a essa sensação acabo não vendo certos avanços,  segundo uma amiga bem antiga, eu nunca tive um físico assim, e tenho recebido até cantadas na rua  (por incrível que pareça), ainda assim , não me sinto bem. Dentro da arte marcial, estou com cargo, confiança e méritos maiores do que jamais planejei, e ainda assim me sinto inseguro as vezes.

E mesmo imerso nesse "relacionamento" que tem mi dado bastante alegria, ainda assim sinto falta de algo.

Alguns dizem que é pra eu namorar logo com ela, que isso de amor não acontece sempre, mas não pretendo deixar que aconteça novamente, não vou namorar com alguém que não amo, seria errado com ela, assim como foi errado com a Barbara, e do jeito que minha vida é legal, eu acabo amando outra pessoa no processo, ou a mesma pessoa que já amo, e pronto, mais uma pessoa legal e inocente sofre pelo meu egoismo emocional.

Em geral sei que ela sofre por eu dizer a ela que não vamos namorar porque eu ainda amo outra pessoa, e que não vou namorar com ela enquanto não a amar.

Ao escrever isso me parece bem cruel, mas acho que dói  menos do que a ilusão/desilusão de achar que é amado, de que é reciproco.

Em geral, estou feliz, estou satisfeito com quase tudo, e como sou ser humano, o que me falta é justamente o que me incomoda.

Seja lá como for, já me readaptei com a dor, agora é só segurar essas horas em que certas coisas me ferem.

E que Felicidade real só vem à quem é sincero.

segunda-feira, 28 de março de 2016

O que é ser mestre?





Qual a diferença entre Mestre e Professor?

   Enquanto o tempo passa, menos sei o que realmente é ser um professor, não vejo como ensinar algo sem se envolver profundamente nas qualidades e defeitos de seu aprendiz.
Não sei ao certo em que momento um professor se torna mestre, nem quando um aluno se torna professor.

   Atualmente percebo que aprendo mais ensinando do que sendo ensinado. Sendo assim, seria mesmo eu o mestre? Não estaria mais correto dizer que os mestres são os alunos?

    A responsabilidade de estar em patamar  de ensinar tende a lhe cobrar um nível de superioridade, quase de excelência, junto com uma capacidade de se manter humilde, de aprender até mesmo com o mais novo aluno.

  A também o tato de identificar os pontos fortes e fracos de cada um, fazer com que todos se maximizem, se desafiem e se superem, na tentativa de um crescimento tanto marcial quanto do grupo como um todo.

    A capacidade de ensinar características e qualidades que as vezes nem mesmo a temos, ter o senso para saber até onde vai a capacidade de cada um, e até onde se deve cobrar.

   São tantas responsabilidades, o sentimento de que todo erro, ou falta de  capacidade, ou inexperiência dos seus alunos são culpa sua. Assim como o orgulho de velos se superando e mostrando com perfeição algo que antes não eram capazes.

 Com toda certeza, nada me motiva mais do que perceber que eu posso fazer algo melhor por alguém.
    E no trato com meus irmãos, na reciprocidade  na força de vontade, garra e superação, na preocupação um com o outro, nas brincadeiras, na atenção sobre tudo que é dito, só torna mais gratificante o sentimento de família que é gerado dia após dia.

    Todos temos nossas feridas, nossas mágoas, nossos desafios, nossos lamentos, e ainda assim, temos em nossos treinos uma ilha, um porto seguro, um local para apaziguar.

   Sem perceber fazemos do Dojo nosso porto seguro, nosso local de refujo, onde nos preparamos para as lutas vindouras, onde nos curamos das batalhas diárias, onde nos refrescamos do calor do momento e onde instintivamente sabemos que sempre estaremos aptos a voltar.

  "enquanto houver você do lado, aqui do outro eu consigo me orientar."

   O que nos torna algo amais do que simples praticantes marciais, assim como na diferença entre Família e Parentes.
  Parentes é algo que não escolhemos, são pessoas com o mesmo laço sanguíneo, Parentes somos nós,  que mesmo podendo estar distantes preferimos estar perto, que mesmo podendo não fazer nada, preferimos nos ajudar.

  Praticante é qualquer um que estuda arte marcial, Artista é quem vive o que aprende a todo tempo.

 Claro que nada disso é a extrema verdade, nada disso é para ser eterno, nem ao menos fazer sentido, é apenas um ponto de vista meu, sobre meus "alunos", "Irmãos", "parceiros de treino", e sobre meu cotidiano.

Como diz Mário Quintana: "Se a poesia precisar ser explicada não é poesia!"

    Sendo assim, nada mais comum do que dizer que enquanto houver vocês "Verdadeiramente a felicidade será para sempre o meu destino!"





quinta-feira, 24 de março de 2016

O caminhante alado, vaga sozinho.

Reles mortal achando ser deus.
Plebe imundo achando que não pode evoluir.
Estagnar é o preceito de quem  não sabe o que estar por vir.

Desacreditar em si é como ser um cego de olhos abertos.
Caminho reto, mas olho para os lados.
Escrevo sobre memórias e sobre desejos inalcançados.
Mas não me digno a ficar parado, pois nada muda se me reservo somente ao acaso.

E assim caminho, penso no futuro, sem esquecer o passado.
Vejo o que amo, mas não excluo o espaço.
O mesmo terreno ainda está vazio, permanece baldio, mas pode ser alugado.

Preservo-me todos os dias, para poder ajudar.
Ainda há muitos que amo, e que por quem pretendo lutar.
E não me engano nos meus desejos, mas não me reservo ao sonhar.
Furto a esperança dos meus planos, para manter a certeza de alcançar.

Faço do impossível meu cotidiano.
Faço da perfeição os meus planos.

Passo a passo, sem saltos desesperados.
Firme austero, complacente e sensato.

Enquanto guardo meus planos pro futuro, relembro os desejos do passado.
Enquanto me fortaleço com o auguro, me inspiro com meu próprio fardo.

Quem nasceu para desafios se entedia com a monotonia.
Quem tem força de vontade em seu coração, se decepciona com a covardia.
Quem tem determinação eu seus objetivos, faz da superação seu dia a  dia.



                                                Rafhael de Oliveira Silva Salles.

terça-feira, 8 de março de 2016

Rente ao Chão

"Feliz" aniversário.

Novamente o auguro.
Profético, pragmático, catabólico.

Uma data qualquer, que causa mais dor do que as outras, um ano depois, um passo para trás, um para frente, e muitos outros que deixaram de ser dados, pois não há ânimo para isso.

Um fardo poente, um sol ascendente, uma luta frequente, uma vitória ausente.
É sempre foi assim, sempre foi fadado aos que pensão de mais, criticar de mais, questionar de mais, e se apegar somente a um certo padrão, e por isso se auto-excluem da felicidade.

Deliberadamente  estou onde estou, e faço da abnegação um cotidiano, assim como a superação em todo o resto que me permite.
Deliberadamente me escondo de mim mesmo, fingindo ser menos sentimental do que realmente sou, fingindo o tempo todo que dentro de mim só  há eu.

Especulo sobre a felicidade com base no que vivi, como se fosse suficiente para narrar todas as outras possibilidades, e assim julga-las insuficientes, com a desculpa padrão de que todas as outras têm o mesmo defeito "elas não são você".

E com o tempo percebe-se que eu me esforço para ser verdadeiro e não mentir para ninguém, e acabo com isso, mentindo para mim mesmo.

Sendo eu o Rei de meu mundo, fui tirado do meu trono por alguém que nem si quer está mais nele.
Ainda assim mantenho-me fora dele, fora das rédias de minha própria vida, como um barco que espera a deriva, mas não totalmente abandonado.

Oque torna minhas mentiras contadas pra mim mesmo mais engraçadas.

Treino, malho, trabalho, estudo, me arrumo, e nada disso é pra mim.
Isso não é uma forma de amor próprio, ou vaidade.
E quando paro para perceber, eu estou instintivamente mantendo "a casa" arrumada para quando você voltar.
Quase uma obra vitoriana, de um humor gótico, "o homem que se arruma e se prepara para alguém que jamais voltará".
Estrelando... Eu.

Como passatempo e forma de fugir deste cotidiano estagnado, me ponho a planejar como ajudar aos que ainda estão ao meu lado, como uma forma de fugir da estigma de pensar em você mais do penso em mim.

Concreto e discreto, guardo pra mim tudo que penso, exponho aqui como um desabafo... como sempre, mas na vida lá fora me mantenho inabalável, sorrindo, forte, e inquebrável.

Mas hoje é o dia, aquele único dia do ano que me reservo a me isolar e deixar a dor se externizar, as magoas aparecerem para fora de minha epiderme, em forma de letras, cara triste, talvez lágrimas, hoje é um dia para mim, e dedico quase que totalmente à você.

E eu tento esquecer, tento fingir que não existe, ou que já superei, ou que há algo melhor, mas "quando a gente tenta de todas maneiras dele se guardar, sentimento ilhado, morto e amordaçado volta a incomodar." 

Reza a lenda que tudo na vida tem um tempo e um limite. To esperando.

Pra você dei algo que nem sabia que eu tinha, e que não sabia que não podia viver sem.
Que haja.

terça-feira, 1 de março de 2016

Sereno

O tempo demonstra o que é pra ir, oque é pra ficar, e o que deve-se ser guardado.
Amigos continuam amigos mesmo com a distância.

Alguns amigos estão longe e com seus próprios problemas, outros estão perto mas não se atêm aos problemas dos amigos a sua volta.

 Passei e acho que ainda estou passando por uma das piores fazes da minha vida desde meus 13 anos, e ainda assim há o que agradecer, acabei adquirindo em meio a todas essas perdas um nomo amigo e irmão.

  Desde o Bilhão, essa é a primeira vez em que um amigo me ajuda mais do que eu ajudo a ele, me preocupo com ele, sinto saudades da mesma forma que sentia do Bilhão (risos "Gay"), tenho aprendido muita coisa com a vida, e muito com ele, mesmo que ele não o faça com índole de professor.

  Problemas financeiros, sociais, amorosos, acho que todos têm, reclamar dos meus problemas seria vitimismo,  cabe a mim apenas supera-los e/ou adaptar-me.

  Se amigos continuam amigos mesmo com a distância, o que acontece comigo se ainda a amo?
E já vai fazer um ano que nos separamos, e as coisas não mudam, não diminuem, não importa o quanto eu me afaste, ou me abstenha de informações.

 Mesmo em meio a esses problemas atuais ela ainda me vem a cabeça, e não como um problema a ser resolvido, mas sim como sinônimo de paz.
 
  Acho que em geral eu não vou esquecer, nem "superar", se houver algum modo dela sair de onde está no meu coração, será para outra entrar e aí sim vira um problema. Parece que me tornei novamente desconfiado e amargurado o suficiente ao ponto de impedir que qualquer uma se aproxime de mim sentimentalmente.

  Desabafo, atrás de desabafo, ironicamente isso tem se tornado cada vez mais comum, o que mostra o quanto pra baixo eu estou, e ainda assim com aquele velho método de manter isso pra mim.

 "minha doce dor se esconde por traz de um sorriso, comprado, corrompido, feliz e fingido."

Queria voltar a falar com  ela, mas é suicídio emocional, e eu ja começaria mentindo, pois diria que seria apenas amizade, mas eu a amo, é impossível apenas ser amigo novamente, pelo menos enquanto eu ainda a amar, pedir outra chance não só é dar de cara com a parede como um desejo unilateral.

As vezes me pego pensando "será que ela ainda sente algo por mim", aí releio nossa última conversa pelo face, e volto pra realidade.

É real, amor reciproco é algo em intinção, e eu to na lista dentre  os abatidos na vã ideologia de felicidade real.

Assim os dias vão passar, pois isso não é opcional, eu não vou ficar parado pois ainda sou um guardião, não guardo mais a ela por decisão dela, mas ainda tenho de guardar meus amigos, e minha mãe.

A pergunta "Quem guarda o guardião?", a resposta mais sincera pra mim sempre foi "o amor correspondido".

Acho que o guardião não precisa ser guardado, ele precisa de abrigo, carinho, afago, alguém que ele ame e que o ame de volta, assim suas forças serão sempre renovadas.

E ninguém mais guarda esse guardião, logo resta apenas assistir até quando ele terá forças para guardar.

E eu ainda amo.

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