Vagueando
Mesmo acompanhado, caminho sozinho.
Mesmo apaixonado, nada de carinho.
Mesmo sendo amor, não é reciproco.
Mesmo com fé, não há destino.
Postado por Anjo às 12/26/2015 05:27:00 PM 0 comentários
Postado por Anjo às 12/26/2015 04:59:00 PM 0 comentários
15 repetições para três tipos de flexões de braços, 100 abdominais, 200 agachamentos, repita o processo três vezes.
Dor muscular, exaustão, mas a mente continua perguntando a mesma coisa.
Sobrevoa o romântico sobre o vale da sensatez, um breve voo, sem escalas e de volta para a loucura.
Caminha o errante amante na terra da ternura, mas sem ser de sua amada, não representa a conduta.
Passeia o turista pelo vale da felicidade, mas é um local xenofóbico e sendo ele de fora só causa alarde.
Então é natal, e antes disso haviam três datas mais importantes.
Nasce antes A amada, consuma-se o namoro perfeito e pragmático, consuma-se na véspera de natal o amor sem questionamento.
E em casa o viajante romântico volta-se as suas filosofias e pensamentos.
Será mesmo que ao envelhecer nos tornamos realmente maduros? Ou nos tornamos apenas mais suscetíveis ao que nos é inconveniente?
Será mesmo que toda aquela garra e vontade de lutar que uma criança tem é errada? é desespero ou afobação?
A idade vai chegando e vamos pondo prioridades em nossas vidas: trabalho, carreira, estudo.
Tudo isso na ideia de criar um cenário sustentável, mas para que?
No processo de nos tornarmos autossuficientes abdicamos do amor, dos amigos, das boas lembranças.
Estamos de parabéns, todos nós, ao cansar de nadar e fingirmos sermos peixes.
Todos os dias repetindo para si que esse é o caminho certo e que não se pode ir contra a correnteza, ao mesmo tempo que constatamos diariamente que essa rotina não é o nosso lugar.
E como já é bem claro, não somos peixes, e não vamos aguentar essa correnteza pra sempre, e é nessa hora que precisaremos de uma transformação.
Ou um amor que nos crie asas e forças para sair deste lugar que não nos pertence.
Ou nos transformamos em um parasita, apegando-se desesperadamente a cada resto de folego e felicidade que essa vida de peixe raramente nos da.
Rezando todos os dias para que haja folego e paciência, na esperança de que todos esses peixes estejam nadando em direção à uma ilha.
E quando se percebe você nem lembra mais como é ser feliz de verdade,
Não sei ao certo se sou radical de mais, ou se sou sonhador de mais, ou se sou romântico de mais, ou se eu a amo de mais, mas sei que em todo caso, sou o que sou.
Não pretendo me tornar um peixe, não quero apagar minha essência, não quero negar minhas lembranças, nem cultivar a displicência.
Entrevado no quarto da memória, passo os dias com imagens aleatórias.
Sempre da mesma pessoa, recontando as mesmas histórias.
Que tipo de lugar é esse? Um memorial, um templo, uma sala de tortura, uma abrigo da chuva?
A decoração é linda, as paredes cheias de memórias, seu sorriso quando eu fazia alguma brincadeira, seu rosto corado quando te fazia pagar mico, seus olhos atentos quando eu lhe fazia alguma surpresa, sua feição de orgulho contido quando eu transparecia ciumes... tantas molduras, tantos atos, tantas cenas, e eu me pego preso à um paradoxo.
Sei o tipo raro de otário que sou, o tipo apaixonado a moda antiga. Já devia estar instinto, e os motivos dessa intinção já estão bem claros, mas contra todas as expectativas eu ainda estou aqui.
Lembro que cantava muito essa musica no começo "nunca vi chorra tanto por alguém que não te quis", irônico é eu continuar chorando, continuar amando, e continuar desejando.
E nesse paradoxo de ser super emocional e super racional, eu continuo amando, querendo esquecer, querendo lutar, querendo correr (para os braços, ou para longe).
Que falta faz um SIM.
Rafhael de Oliveira Silva Salles.
Postado por Anjo às 12/12/2015 02:58:00 AM 0 comentários
Grassas a você essa agora é a segunda pior época do ano.
Postado por Anjo às 12/08/2015 07:10:00 AM 0 comentários
Postado por Anjo às 11/29/2015 10:44:00 PM 0 comentários
Postado por Anjo às 11/25/2015 08:02:00 PM 0 comentários
Acho que te vi.
Não tenho certeza.
Durante todo esse tempo sem ti ver sempre me perguntei o que faria ao acontecer.
Eu ti amo tanto, mas você quis se tornar intocável, inacessível, que eu na tentativa de respeitar sua decisão repito para mim todos os dias que só eu tenho esse sentimento em mim. E com essa sensação de obrigação eu me convenci a sumir.
Ao pensar como seria ao ti ver nunca soube como reagiria, se me desesperaria e correria para seus braços, se agiria normalmente, se voltaria para evitar o contato.
Eu em sei se era você, estava distante, eu vi de relance e por cima do óculos, já que eu readquiri o hábito de andar de cabeça baixa, mas só o susto me fez abaixar a cabeça e não olhar novamente, apenas segui meu trajeto, e acho mesmo que era você. Nada mais me faria tremer sem ter medo, passei todo o meu fim de semana ansioso, senti que deveria voltar, cheguei a parar o esqueite na esquina, mas não há volta, segui meu caminho.
E assim, nos raros dias em que não me vem a saudade pura, a falta de você, eu simplesmente sonho.
E você não volta, mas além de todo o resto, me intriga o fato de minha visão ter sido puxada instintivamente para onde você estava, e a sensação de que eu estava tanto dentro de você quanto você está dentro de mim, porem mesmo que isso seja verdade (muito improvável) você não admitiria, a ideia de voltar pra mim deve lhe parecer um retrocesso, e você deve realmente estar confiante na ideia de que a vida deve ter um foco bem longe do coração, pois "Eu não tenho idade para amar, nem para ser amada", essa concepção pré estabelecida de idade para ser feliz, idade para focar na carreira, idade para amar.
Claro que nada disso é um julgamento, até porque já houve a sentença, e eu to pagando até hoje. É só essa dualidade entre aceitar e não concordar.
Quase como um mantra: Como eu gostaria de não ama-la!
E cada dia me pego com um pensamento diferente sobre esse mesmo assunto, na tentativa de achar uma solução, tem dias que acredito fielmente que você me ama (realmente sinto isso até hoje), tem dias que acho que você me odeia, tem dias que acho que você já está em outra, tem dias que me forço muito a acreditar que já superei (nem eu acredito nisso).
tem dias que sinto vontade de tentar qualquer coisa para te esquecer, sair com varias mulheres, encher a cara, arrumar uma briga, me afogar em trabalho, me afogar em treino, nada disso vai funcionar.
Tem muitos dias em que quero ir até sua casa, e convencer a deus e o mundo que nós nos amamos e merecemos ser felizes juntos.
Tem dias que quero sentar e conversar com você, só sentar e conversar, pra ver se isso ajudaria.
Não sei como proceder, me afastar não funciona, me aproximar é inviável, ainda mais com todo esse esforço que você fez ara me excluir da sua vida, parece desrespeitoso.
Masas vezes me pego pensando se eu tenho me respeitado, se eu tenho agido em prol de meus objetivos, é realmente bem complicado essa MERDA de estar com sua felicidade diretamente ligada a outra pessoa e ter como alternativa manter a decisão dela ou a sua.
Como eu gostaria de ouvir um simples "tenta!", ou um quase místico "Volta pra mim" "eu ainda te amo".
Sonhador o rapaz, tanto que ainda escreve um desabafo mediúnico como se você fosse ler.
Bem, por hora sobra somente a certeza de que eu te amo como antes, e que isso deve te assustar mais do que te encorajar.
Eu queria muito estar ao seu lado, poder compartilhar suas alegrias, te ajudar nas suas tristezas.
Será que foi um sonho? Será que fomos felizes? Ou foi só eu feliz e você "não tão triste"?
Nunca vou saber.
Queria ti ver, mas com seu consentimento, ver seus olhos, seu sorriso (sonhando novamente).
Sorry, te amo de mais.
Postado por Anjo às 11/21/2015 11:33:00 PM 0 comentários